No universo das linguagens de programação, identificamos três grupos principais, cada um com paradigmas e abordagens únicos:
Ocaml, Elixir, Haskell – Representantes do paradigma funcional, que enfatizam a aplicação de funções puras, imutabilidade e composição funcional.
Ruby, Python, JavaScript – Linguagens dinâmicas e multiparadigma, que combinam elementos imperativos, orientados a objetos e funcionais, proporcionando flexibilidade e facilidade de uso.
Golang, Java, Pascal – Focadas em paradigmas imperativos e orientados a objetos, priorizando a eficiência, a clareza e a gestão de estados mutáveis.
Apesar das diferenças na aplicação da lógica e nos paradigmas, todas essas linguagens alcançam resultados computacionais semelhantes, resolvendo problemas de maneira eficaz. Cada grupo utiliza mecanismos distintos—sejam funções puras, orientação a objetos ou manipulação de estados—para atingir objetivos similares.
Entretanto, linguagens como Haskell se destacam ao aprofundar-se nos princípios da programação funcional, oferecendo ferramentas avançadas como cálculo lambda, avaliação sob demanda e monads. Esses conceitos não apenas diferem das abordagens imperativas e orientadas a objetos, mas também proporcionam benefícios únicos em termos de segurança, expressividade e gerenciamento de estado.
Ao formalizar as ideias fundamentais de definição e aplicação de funções, desenvolveu-se o cálculo lambda. A versão pura do cálculo era minimalista, contendo apenas funções, sem números ou operações.
Na década de 1930, Church e seus alunos (Kleene e Rosser) demonstraram que essa versão pura era tão expressiva quanto outros modelos de computação propostos, especialmente as Máquinas de Turing e as Funções Recursivas Parciais.
Atualmente, o Cálculo Lambda representa uma vasta família de formalismos construídos sobre esses mesmos conceitos fundamentais.